terça-feira, 8 de dezembro de 2009

«Aqui ao leme sou mais do que eu:
Sou um Povo que quer o mar que é teu”




Estes versos de Pessoa são uma mensagem que gostaria de passar nos dias que correm aos titulares de cargos públicos em Portugal.

Quando se assiste a uma grande mistura e confusão entre esfera pública e privada, entre debate e altercação, e entre Poder e Mandato, será útil lembrar aos nossos supostos lideres e representantes que os interesses que lhes são confiados e cabe defender são, exclusivamente, os interesses dos portugueses.

O político ou magistrado de hoje – enfim, a pessoa pública – não pode esquecer que a sua voz é colectiva. Não se representa a si próprio, ao seu partido ou corporação, mas ao conjunto de um povo, o povo português. E isso implica direitos e deveres de respeito e dignidade a serem respeitados por todos.

A cada manhã, antes de enfrentar os desafios do dia, a pessoa pública deve imbuir-se deste espírito, desta inspiração. Esta força que só uma nação brava, antiga e leal sustenta com paixão.


Nuno Gaudêncio

domingo, 6 de dezembro de 2009

Tem de começar por nós – a responsabilidade é nossa

Olhando para o Portugal de hoje, penso que temos de ser mais exigentes: com os outros, mas sobretudo com nós próprios!
Temos de ambicionar mais, de dar mais e ser mais. É urgente mudar o paradigma da sociedade onde vivemos.

O que hoje vivemos é um estado de espera. Um estado de repouso de sofá onde pensamos ser dever dos outros cuidar de nós. Mas não é. E se não agirmos poucas coisas acontecerão nas nossas vidas. Poucas melhorias nos serão trazidas, pouco avançará este país. Convém estarmos conscientes deste facto, ou correremos o risco de assistir de fora às nossas vidas dirigidas por outras pessoas.

É tempo de exigirmos mais.
Exigir mais de todos nós nos nossos trabalhos, nas nossas aulas, nos nossos grupos. É tempo de acção: mais profissionalismo, mais dedicação, mais educação, mais excelência. Se formos mais exigentes connosco próprios teremos toda a legitimidade de exigir mais de quem nos governa.

Exigindo mais de nós e dos outros nivelamos a sociedade por cima, poderemos ser um povo mais produtivo, mais culto, mais eficiente.

E com isso seremos mais livres, teremos mais tempo, seremos mais felizes.
1 Portugal feliz.


Nuno Gaudêncio

domingo, 25 de outubro de 2009

As liberdades individuais

Cada um de nós tem direito à sua vida.
Direito esse que não tem de ser afirmado ou escrito para existir.

É de facto uma propriedade intrínseca a cada um e que nenhum de nós, conscientemente, estará disposto a perder. De igual modo, e saindo de dentro da nossa esfera pessoal, reconhecemos a propriedade dos outros sobre a sua existência, sobre a sua natureza, pensamento e modo de vida.


Assiste-se hoje em dia, de um modo global, e também em Portugal a tentativas cada vez maiores de controlo e condicionamento dos comportamentos humanos. Exemplos não faltam: proibições ao nível de hábitos sociais, tentativas de condicionamento de decisões pessoais, sonegação e manipulação de informação, fiscalização e vigilância do quotidiano das pessoas, entre outros.

Estas intrusões na vida de cada pessoa não podem ser toleradas. Representam um abuso e uma usurpação de um direito pessoal, intransmissível e universal.

E são uma violência sobre cada um de nós.

1 Portugal Melhor não irá nunca aceitar tal corte e espoliação das liberdades individuais.


Nuno Gaudêncio

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Voto livre e responsável

A Política não pode ser um exercício de poder mas tem de ser antes um exercício de Governo.

O objectivo dos eleitos não deverá assim ser mandar, dirigir e controlar, mas antes: governar, gerir e orientar.

Mandar e gerir são conceitos muito simples mas bastantes diferentes. O primeiro serve um conjunto de interesses, o segundo administra os interesses de um conjunto.

Mais uma vez estamos sujeitos a eleições e iremos participar na escolha daqueles que nos representam, daqueles que vão gerir o nosso património comum e dos quais esperamos venham a seguir as orientações dadas pelo nosso sentido de voto.

Mas, e mais importante, desejamos que venham a seguir as orientações dadas pela nossa aspiração mais básica de um futuro melhor, pleno de liberdades, direitos e responsabilidades.


O país parece estar finalmente bastante interessado no seu futuro! É muito bom, é tempo de agarramos com as nossas próprias mãos as oportunidades de desenvolvimento que temos pela frente!

Nuno Gaudêncio

quinta-feira, 23 de julho de 2009

SAIR DA CRISE COM...

Cravos no Outono?

Na cúpula Brasil-UE Durão Barroso disse “Nadamos juntos ou afogamos juntos“. Ele não disse quem furou o barco, para onde e com quem devemos nadar. Ao menos eu não quero nadar com quem o furou, nem ir para o mundo que o criou; quero ir para um lugar onde não seja roubado e enganado, como até agora.
Dados concretos
A ocupação hoteleira no Algarve, por exemplo, desceu 13% no mês de Maio, comparada a 2008. Em Monte Gordo a ocupação foi de 67%. Os locais que mais cairam têm elevada densidade habitacional, os que mantêm bons níveis preservam o ambiente.
Há anos escrevo que o povo está farto de ser tratado como parvo. Há anos alerto que o turista não mais quer as Quarteiras e aldeamentos que continuam a fazer-se por cá, para branquear capitais. Há anos que sabemos da inoperância do Banco de Portugal. Há anos o nobel da Economia, Joe Stiglitz avisava que a bolha iria estoirar. Há anos que a UE paga balúrdios para doze mil funcionários, 750 deputados e 1500 velhos políticos gastarem cada um, 45 mil euros/ mês dos nossos impostos. E deu no que deu: fraudes, crise, escândalo, baixa ocupação. Por quê perdemos 49 mil PMEs, 25% do total, de em cinco anos? Por quê damos subsídios para empresas estrangeiras concorrerem com as locais em desigualdade? Temos opção para o que está aí? Para exigir melhoras, temos que mostrar que somos competentes e sabemos protestar com energia.
Nichos de turismo
Há meia década alerto no Algarve que a densidade habitacional na orla mata a galinha dos ovos de oiro. Não podemos concorrer com os novos paraísos turísticos. Temos que focar nos nichos de alto poder de compra.
No Algarve, só em V.R.StºAntonio e talvez em Portimão, há instalações náuticas para estágio de Inverno. Anualmente a Sicília, Tunísia, Grécia, etc. enchem-se com atletas, e não só, Norte-europeus.
Os preços absurdos no Estádio Faro-Loulé, como os demais do Euro de futebol, levam os estágios de evitar-nos. E ainda a ganância de alguns hoteleiros que pouco baixam as tarifas, apesar de vazios.
Há pouco quis trazer um congresso para o novo e belo Centro que a Região de Turismo construiu com os nossos impostos em Lagoa, mas o organizador foi-se após dez minutos: “o comprimento do assento das cadeiras não respeita o padrão”. Os Norte-europeus são altos e para ficarem 4h sentados, precisam apoio para as pernas. Isto qualquer um sabe, e para lucrar mais, usaram a inércia de quem sabe que quem manda é o chefe e enfiaram-nos goela abaixo algo belo, que não funciona.
Como o Parlamento Europeu, a UE, o Banco de Portugal e a assim chamada democracia representativa. Então, para que pagar altos impostos, fazer o que eles querem, trabalhar noite e dia, para dar no que deu? Estará na hora de juntarmos cravos novamente?

Jack Soifer,

(Consultor internacional, juiz em concursos internationais, autor de A Grande Pequena Empresa, Empreender Turismo de Natureza e Como Sair da Crise) - www.jacksoifer.org



Nota: O texto original foi publicado no site do jornal Barlavento (http://www.barlavento.online.pt). Jack Soifer, a quem expressamos uma vez mais o nosso agradecimento, teve a amabilidade de aceder ao nosso convite para participar em 1PortugalMelhor disponibilizando o artigo com pequenos ajustes.

Nuno Gaudêncio

terça-feira, 30 de junho de 2009

Contribuições para 1 Portugal melhor

O Serviço que o grupo de 28 reputados economistas e gestores fizeram ao país foi sugerir que se deve pensar e avaliar antes de tomar decisões comprometedoras que se afiguram como demasiado onerosas e estrangulantes do desenvolvimento futuro.

Investir à toa e injectar dinheiro sem critério na Economia, e sem medição cuidada dos impactos que hão de vir, não é a solução para os problemas. Existe bom e mau investimento.

Outra coisa diferente é falar de muito e pouco investimento. E os tempos difíceis que atravessamos, especialmente no que diz respeito ao desemprego de muitos, exige apenas uma coisa: Muito (e) Bom Investimento.

Nuno Gaudêncio

segunda-feira, 15 de junho de 2009

10 de Junho de 2009 - O Portugal de hoje




10 de Junho foi dia de Portugal. O dia de um país com quase 900 anos de quem se dizia: "1143, quem não sabe esta data não é bom português".

Portugal tem tudo para ser grande, para ser maior, para ser melhor!

O bom discurso de António Barreto nas comemorações do dia de Portugal, que vale a pena ler e ouvir, é elucidativo sobre o que é hoje Portugal. E ajuda a perceber o que Portugal pode ser.

E Portugal pode ser muito, e conta comigo e contigo para o ser. 10 de Junho foi dia de Portugal, mas todos os dias se faz Portugal!


Nuno Gaudêncio


terça-feira, 2 de junho de 2009

Portugal Positivo

Ainda existe em diversos candidatos políticos uma mentalidade de clubismo partidário onde o que está em primeiro lugar, antes das ideias, antes mesmo do interesse dos cidadãos, é o partido.

Para esses mesmos candidatos, e para os restantes, e antes que se inicie nas urnas o ciclo de eleições que se avizinha em Portugal, e tendo em mente, nomeadamente, as Eleições para o Parlamento Europeu, eu gostaria de lançar um repto, e propostas, para campanhas pela Positiva:

- que os candidatos se foquem em apresentar as suas propostas e expliquem os seus desígnios em detrimento de criticarem as candidaturas concorrentes;
- que se explique aos portugueses a visão que cada partido tem da União Europeia e do papel que Portugal quer ter nessa União;
- que os candidatos dos partidos e movimentos, sem distinção de dimensão, afirmem a sua Estratégia Europeia e como pretendem atingir esses objectivos.

Posto isto, não quero deixar de saudar os candidatos às eleições que seguem e lhes desejar o melhor para todos nós!

Nuno Gaudêncio

sábado, 30 de maio de 2009

Our brain and our future

Our brain has two main standard functions.
One is most well known and used among everyone frequently: the control of our vital organs together with the coordination of the movements of our bodies.
A Second but in no way secondary aspect of our brains is being meant to think. And thinking is a concept nowadays… as it is not something that we do frequently. In the hurry of the days and the routines and automatisms of our lives we end up not paying much attention to some details and to some things which are very important.

So the challenge is really there.

Now that we are already feeling the hot temperatures has an invitation to rest and lay in the beaches of our lovely country, planning vacations under the 30º degrees of our sunny beaches, now that we have the time to stop…

Let’s give it a thought!
Let’s make our brains work and give it some usage.
Especially now that we have an European Election coming, the first of three moments this year when the citizens will be summoned to choose who they want to be in their representation and leadership, let’s think.

It is time to weigh carefully the options in front of us. Choices vary from keeping the status quo or giving a chance to others. We are confronted with choosing “stability” or going for something else.

It is a though decision as it might involve taking risks, so it’s better to be an informed and careful decision. Now it is a very clear moment where you can try to make 1 Portugal Melhor, 1 Better Portugal.

Think about it!
In the name of also a better European Union, I will.

Nuno Gaudêncio

quinta-feira, 21 de maio de 2009

E tu, o que já fizeste hoje pelo teu país?

Vale a pena fazermos esta questão a nós próprios de vez em quando.

Nós portugueses somos um povo de contrastes: fechados e super conservadores nos costumes, muito agarrados às “nossas” coisas, à nossa segurança e avessos ao risco. No lado oposto, somos muito abertos ao mundo, à tecnologia e à moda.

Até temos ideias, mas falta-nos a coragem!

Temos medo da mudança e, na incerteza, "optamos pelo seguro", por aquilo que conhecemos, sabendo muitas vezes que não é o melhor, mas tememos que qualquer alteração se torne uma revolução que nos faça mais pobres.

Sim, porque somos demasiado agarrados a nós próprios e não vemos Portugal como um todo, como uma Nação da qual somos parte integrante e na qual contribuímos com o nosso valor...

Há que mudar, e ser mais consciente de que nos afectamos a todos mutuamente. Nesse sentido, há que ser mais exigentes e menos acomodados, quer com os outros, quer com nós próprios. Especialmente com nós próprios!

É por isso que eu pergunto o que já fizeste hoje pelo teu país... é que ele, seguramente, já fez algo por ti!

Ajuda a tornar Portugal um sitio melhor para todos vivermos. Não é preciso ser um super herói, nem mudar tudo de repente, mas há que tentar fazer melhor, esforçarmo-nos mais nos nossos trabalhos, ajudar-mos quem nos pede uma pequena ajuda e estimular as boas ideias.

O bem que fizeres pelo teu país estarás a fazer a ti!

Nuno Gaudêncio

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Enriquecimento Lícito – O consenso

Quando, nos dias de hoje, em que já não se afiguram como possíveis consensos no Parlamento Português, após desacordo constante na maior parte das áreas da Governação, onde ainda não foi possível chegar a um entendimento para encontrar o substituto para o actual Provedor de Justiça… eis que os Partidos se unem e votam todos no mesmo sentido a aprovação da nova Lei de Financiamento dos Partidos.

Em tempos em que se discute o enriquecimento ilícito, se deve ser criminalizado, se deve ser penalizado ou taxado, se o ónus da prova recai sobre o sujeito ou a Administração… o que fazem os partidos com assento na Assembleia da República? Todos, por igual, e, julgando em causa própria, favorecem-se aumentando os seus níveis de financiamento e tornam lícito esse enriquecimento feito através de dinheiro vivo, sem obrigatoriedade de documentação de suporte, justificação ou transparência.

Por favor, haja decoro! Reclama-se o fim do sigilo bancário, sufoca-se o cidadão com obrigações declarativas afogando-o em taxas. Pelo meio, atacam-se offshores discutem-se imoralidades e ganâncias para justificar a crise mundial onde chegámos. E o que nos oferecem? A possibilidade de os partidos se financiarem em dinheiro de origem desconhecida e natureza incerta até cerca de 1 milhão de Euros... Por favor corrijam-me se me engano…

Não é isto que vai fazer 1 Portugal Melhor. Aliás, cada vez mais creio que 1 Portugal Melhor passa pela melhoria da qualidade dos políticos portugueses. E isso consegue-se com mais exigência, com prestação de contas, com avaliação do desempenho.

Proposta: criação em Portugal de um sistema de avaliação para os deputados de modo a que os cidadãos vejam melhor o reflexo das suas escolhas e possam tomar as suas decisões de forma mais objectiva no que concerne a um dos órgãos mais importantes da Democracia Portuguesa, a Assembleia da República.

Nuno Gaudêncio

sábado, 2 de maio de 2009

Quotas Femininas

Aqui N’1 Portugal Melhor não somos apologistas da imposição legal de um número ou uma quota para um grupo particular nos órgãos de decisão e governação públicos. Mas acreditamos que um Portugal Melhor se faz com a participação activa de todos os cidadãos, sejam homens ou mulheres.

As pessoas em geral, munidas da sua capacidade de decisão e animadas pelo seu interesse e dedicação a uma causa, de per si, devem estar aptas, pelo seu valor e força das suas convicções, a contribuir para a evolução e progresso dos comportamentos.

Entendemos que face à realidade actual a ideia da Mulher ter mais protagonismo na vida pública é positiva e deve ser estimulada. Mas não à força, não por obrigação legal.

Aqui no 1 Portugal Melhor não vamos impor quotas de participação baseadas em critérios sexuais, ou outros. Renovamos antes o convite à participação em 1 Portugal Melhor dos cidadãos, nomeadamente mulheres que tão bem retiram de alguns assuntos o cinzento e o tédio.

Nuno Gaudêncio

quarta-feira, 22 de abril de 2009

"Enriquecimento ilícito"

A ECONOMIA portuguesa estagnou desde o início deste século. Enquanto a economia mundial crescia como nunca, nós estagnámos. Agora que o mundo vive a maior crise dos últimos 70 anos, caímos a pique. Um estudo recente indica que Portugal tem cerca de dois milhões de pobres. E que o fosso entre ricos e pobres aumentou. Os dados indicam a falência do nosso modelo económico. E que fazem os nossos políticos? Tornam ilícito enriquecer!
O peso regulatório e fiscal sobre as PMEs é tal que muitas estão a fechar. Fecham não apenas por causa da crise mas porque não conseguem cumprir a multiplicidade de regras que se lhes aplica, muitas sem sentido e sem qualquer vantagem. Não é só o peso da fiscalidade e da segurança social que é insustentável. É também a enorme quantidade de normas impostas por um Estado que tudo quer fiscalizar mesmo perante normas impossíveis de cumprir!
As nossas PMEs têm, em media, 7 a 9 trabalhadores, incluindo os gerentes, e empregam dois milhões de portugueses. A pressão fiscal e regulatória está a levar ao fecho destas. Tudo é criminalizado. Em 2008 houve seis mil gestores acusados de crime fiscal em Portugal! Nos EUA com 300 milhões de habitantes, foram cerca de 1500 processos desse tipo. As autoridades americanas evitam criminalizar comportamentos, excepto em casos sérios, pois sabem que isso leva ao fecho das empresas, ao desemprego e ao empobrecimento. Aqui não. A fúria regulatória não tem preocupações dessas. Seis mil processos-crime podem significar a perda de 10 ou 15 mil empregos. Isso não interessa nada. Desde que entrámos neste processo a economia portuguesa estagnou. Agora cai. Poderia pensar-se que era altura de perceber que é o entusiasmo e o trabalho árduo dos trabalhadores e gestores das PME’s que sustenta a maior parte dos portugueses. Poderia pensar-se que se deveria encorajar a mobilidade social e a melhoria do nível de vida de todos. Nem pensar. O que o parlamento se prepara para fazer é tornar ilícito o enriquecimento sem quaisquer garantias de julgamento pelos tribunais!

João Caiado Guerreiro, advogado.



Nota: este texto foi publicado no Jornal Oje do dia 22 de Abril sob a coluna de opinião: "Causa Justa". O João Caiado Guerreiro, a quem expressamos mais uma vez o nosso agradecimento, acedeu novamente ao nosso convite para nos ceder o mesmo à publicação em 1PortugalMelhor.

Nuno Gaudêncio

terça-feira, 21 de abril de 2009

Small is beatifull

Esta minha reflexão é sobre o papel que o Estado desempenha nas nossas vidas. Na minha opinião em Portugal o peso do Estado é excessivo.
A sua presença é constante e através da política fiscal exerce um controlo sobre as nossas decisões individuais, que na minha opinião é prejudicial em termos colectivos.
Vem isto a propósito de quê!? Eu explico. Nos últimos dias ao preencher a declaração de IRS, vejo me confrontado com uma infinidade de descontos, deduções, benefícios e outras coisas que tais!
Como referi, isto influencia a nossas decisões e ao mesmo tempo, torna o que poderia ser simples em algo complicado, alimentando uma rede e um sistema não produtivo.
Este controlo fiscal, é apenas um exemplo do que considero serem políticas erradas, controladoras, inúteis e atrofiantes da nossa capacidade de decisão e inovação.
Tal como este, há muitos por aí….na minha opinião o caminho é o da simplificação e para tal, manifesto aqui o meu apoio a políticas que de forma progressiva contribuam para a diminuição do peso do Estado em Portugal porque afinal….Small is beautifull.

Pedro Gaudêncio

sábado, 18 de abril de 2009

Habilidades Estatísticas em Portugal? - Perguntas e Respostas para reflexão

P: Como é que se diminui o nº de processos em Tribunal “acelerando a Justiça”?
R: Dificultando (encarecendo) o acesso à Justiça.

P: Como se melhora o nível de absentismo dos estudantes?
R: Eliminação das faltas, quer por não marcando, quer por substituição/troca de faltas por aprovações em exames.

P: Como se diminui o nº oficial de desempregados?
R: Consideram-se apenas as pessoas registadas como tal nos centros de emprego.

P: Como se reduz o nº de acidentes de viação e os números de sinistralidade nas operações de Páscoa, Natal e afins?
R: Não se consideram os acidentes que envolvem os cidadãos residentes nessas áreas.geográficas.

P: Como é que se reduz o défice Orçamental?
R: Aumentam-se os impostos a pagar pelos cidadãos e economia. O resto pode ficar tudo igual.


Brincando com os números todos os cenários são possíveis e todos os défices permitidos, porque “escondidos”.

P: Em Portugal, andam a brincar com os números?
R: se não andam parece…

Nuno Gaudêncio

quinta-feira, 9 de abril de 2009

“Insolvência meu amor”

A LEHMAN faliu: 9 dias depois vendeu parte das suas operações ao Barclays sendo a transacção aprovada pelo juiz da insolvência 10 dias mais tarde. Os activos voltaram ao mercado e muitos dos trabalhadores mantiveram o emprego. Assim funcionam as insolvências na América. Os activos de uma empresa falida são imediatamente recuperados. Todos ganham: economia, credores e trabalhadores.
A crise fez disparar as insolvências nos tribunais portugueses. Muitas empresas não têm condições para pagar atempadamente aos credores e por isso apresentam-se em tribunal. Para a sociedade o fundamental é que esses activos não percam valor e voltem, tão cedo quanto possível, à economia. Só que, o processo de insolvência, apesar das sucessivas reformas, parece a maldição dos “mortos vivos”: as empresas que lá entram nunca mais morrem, mas também não voltam à vida! E os seus activos também não. Todos ficam prejudicados: os trabalhadores não recebem; não se salvam quaisquer postos de trabalho; os credores ficam quase sem nada.
Porquê? O mal não está apenas na lei, está na prática. Enquanto que os tribunais americanos nomeiam empresas de contabilidade ou sociedades de advogados para gerir estas situações, em Portugal são nomeados uns indivíduos que ninguém conhece e portanto não têm reputação a defender e a quem não são dados incentivos para trabalharem bem. Pelo contrário, são pagos ao mês pelo que quanto mais tempo a empresa for um “morto vivo” mais recebem! Para além disso, os juízes não têm o hábito nem o poder de decidir depressa. Isto sem falar no fisco e na segurança social que tudo complicam.
Esta crise será muito menor se os activos das empresas que ficarem insolventes voltarem rapidamente ao mercado e criarem valor. O processo de insolvência é doloroso mas pode ser rápido. A velocidade de rotação dos activos é fundamental. Hoje, o equipamento da Qimonda vale bom dinheiro. Dentro de um ano vale quase nada. Perdemos todos se os nossos tribunais não andarem depressa.

João Caiado Guerreiro, advogado.



Nota: este texto foi publicado no Jornal Oje do dia 8 de Março sob a coluna de opinião: "Causa Justa". O João Caiado Guerreiro, a quem expressamos o nosso agradecimento, acedeu amavelmente ao nosso convite para nos ceder o mesmo à publicação em 1PortugalMelhor.

Nuno Gaudêncio

domingo, 5 de abril de 2009

Injustiça e Prescrição

Eu não quero dizer que em Portugal não há justiça. Eu não queria dizer que a justiça em Portugal é lenta e injusta. Eu não gostava de dizer que em Portugal as leis são de fraca qualidade… Se calhar até quero dizer um bocadinho de isto tudo… mas como não sei, não posso provar, não digo. Talvez pense, mas não digo.

Vem isto a propósito da lentidão da justiça em Portugal e do arrastamento no tempo dos processos que decorrem nos tribunais actualmente e da figura da Prescrição.

Se a justiça é lenta e demora a ser aplicada, ou não chega a ser aplicada!
Porque não legislar no sentido de aumentar os prazos de prescrição?


Contraditório: talvez por querer ser justo apetece-me ainda dizer que estão a ser feitos esforços com o intento de agilizar a justiça em Portugal nomeadamente aqueles no sentido da informatização e desmaterialização de actos e processos.


Nuno Gaudêncio

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Portugal é de Todos - as minhas escolhas – parte III

Como não podia deixar de ser, completo agora este tópico com a terceira parte. Mais uma vez, com excesso de caracteres relativamente ao que é pedido no "Portugal é de Todos" pelo que vou ter fazer uns ajustes... enfim, uma pessoa safa.se com as "sms" não safa?

a) Uma ideia para reforçar a liberdade

A Sociedade Civil não deve ser perseguida. Deve vigorar o princípio de que o que não é proibido é permitido. As empresas existem com o fim do lucro, no entanto, é bom que tenham consciência dos impactos que geram nas comunidades onde se inserem e onde actuam. Assim, práticas e preocupações de responsabilidade social, ecologia, responsabilização e ponderação social nas suas estratégias de reorganização / evolução devem ser tidas em conta, nomeadamente no que diz respeito a políticas salariais e rescisões de contratos.

b) Uma ideia para aprofundar a democracia

Os cidadãos devem assumir as suas responsabilidades e pedir contas àqueles que os governam, bem como participar cumprindo os seus deveres de cidadania. A organização em grupos deve ser estimulada e, movimentos de cidadãos independentes podem dar contributos importantes à democracia em acções como: definição de objectivos para o país, formulação de uma visão para a nação e contribuir para a formulação de uma estratégia nacional gerando pressões construtivas sobre os decisores e agentes governativos.

c) Uma ideia para construir uma sociedade mais solidária

Construir uma sociedade mais solidária é algo que tem de partir de todos nós, mas começar individualmente. A única “contribuição” que posso dar é agir e ser mais solidário com aqueles com quem me cruzo ao longo dos dias. Estou preparado para dar? Estamos preparados para dar?

Nuno Gaudêncio

segunda-feira, 30 de março de 2009

Portugal é de Todos - as minhas escolhas – parte II

Desta vez: propostas de actuação para os municípios:

a) Uma ideia para reforçar a liberdade

Tratar os cidadãos como parte interessada na qualidade de vida nas cidades e lugares e não como uma fonte de receitas. Actualmente, a nível local existem impostos e taxas para tudo. A imagem que fica é que todos os nossos actos são fonte de financiamento pública, desde ter de pagar para colocar publicidade num edifício da nossa propriedade a todo o rol de serviços que se pagam, às vezes não se sabe porquê nem para quê.

b) Uma ideia para aprofundar a democracia

Criação de "bibliotecas de procedimentos" com apoio e aconselhamento sobre as regras / leis e regulamentos que regem a vida dos cidadãos munícipes. Ensino, explicação e esclarecimento proactivo de dúvidas. As pessoas não têm muitas vezes noção dos seus deveres e direitos! Criação de canais de comunicação efectivos entre os dirigentes e os dirigidos. Divulgação do racional por detrás das medidas tomadas.

c) Uma ideia para construir uma sociedade mais solidária

Criação, promoção e gestão de fundos de donativos para socorrer a famílias com filhos que têm dificuldades de acesso / manutenção de habitação. Criação e promoção de programas voluntários de incorporação de reformados em vida activa ao serviço do bem público.

Nuno Gaudêncio

quarta-feira, 25 de março de 2009

Unidos seremos mais fortes

Por um Portugal Melhor!? Parece óbvio dizer… por um português ou portuguesa melhor, mas não só!
Um Portugal melhor está dependente da acção de cada um dos cidadãos portugueses e também de todos os Imigrantes que trabalham no nosso país. Chamo a atenção para este facto, pois os tempos são de crise, com todas as oportunidades latentes claro, mas com inúmeras dificuldades que se aproximam. É neste sentido que manifesto o meu apelo à solidariedade, integração e não discriminação, por todos aqueles que trabalham também para um Portugal Melhor.
Unidos seremos mais fortes!

... e talvez consigamos ganhar à Suécia! ;)

Pedro Gaudêncio

segunda-feira, 23 de março de 2009

Debatam-se Ideias

Meus caros leitores, tinha decidido iniciar esta minha participação no Blog "Por um Portugal Melhor", através da publicação de um texto positivo e positivista, todavia vou começar com uma crítica à discussão Política!
Então, o facto Político desta nossa sociedade em crise Sócio-Económica, profunda, no decorrer da ultima semana foi não a discussão de soluções para combater o desemprego crescente, a degradação das condições, ou as dificuldades com o pagamento dos seus créditos. Pasme-se quando o enfoque da dita discussão se dirige para um suposto ataque premeditado do Governo contra a Democracia e Liberdade de Expressão, através de uma campanha publicitária á uma rádio pública.

Pode ser que eu seja muito brando, ou tapadinho, ou melhor, muito ingénuo e não observe nesta publicidade qualquer ataque à liberdade de expressão, muito menos à Democracia. Aliás, ataque à Democracia é a condução do debate Político ao nível das calúnias, dos clichés, e dos temas que em nada contribuem para a resolução dos nossos problemas diários.
Por favor, Por um Portugal Melhor, uma política melhor!
Frederico Duarte

domingo, 15 de março de 2009

Portugal é de Todos - as minhas escolhas

Para uma iniciativa interessante - e que parece comungar dos interesses deste website, promovendo ideias que contribuam para melhorar o nosso país - do Expresso, SIC, Visão e aeiou, aqui vão algumas das minhas propostas para o Governo e Parlamento de Portugal.

Para mais informações vejam:
http://aeiou.expresso.pt/gen.pl?p=25abril

a) Redução do peso do Estado na Economia, por via da redução dos Impostos e pela redução das despesas. Os cidadãos de per si são mais capazes de administrar o seu dinheiro do que o Estado que temos neste momento. O Estado exacerba as suas funções e consome grande parte da riqueza nacional. Quem vive do Estado tem a vida garantida, existe um bloqueio social em que as oportunidades são só para alguns.

b) Permitir o acesso de cidadãos independentes, de forma individual ou organizados em grupos à política sem obrigatoriedade de constituição de partidos políticos. Diminuição do número de assinaturas exigido para submissão a eleições e possibilidade de cada cidadão poder assinar lista de assinaturas dos diferentes candidatos e não apenas de forma exclusiva.

c) Escrutínio público dos actos e gastos do Estado e Órgãos Públicos. Os dinheiros públicos pertencem a todos os portugueses e como tal devem ser gastos na melhoria das suas condições de vida. Sendo o dinheiro um instrumento peculiar, causador de grandes tentações e sentimentos, como a avareza ou a ganância, deve ser objecto de grande controlo e fiscalização. E não devemos ter medo do controlo, quando é em nome do rigor e da transparência no que diz respeito à sua aplicação e salvaguarda da melhor utilização para o bem comum. Assim, os órgãos públicos deverão não apenas ser claros na formulação e apresentação das suas estratégias, que se querem de longo prazo e sustentáveis, mas também claros no custeio e justificação das despesas necessárias à prossecução dos objectivos.

Nuno Gaudêncio

terça-feira, 3 de março de 2009

Novo Provedor de Justiça ainda por nomear!

O Provedor de Justiça é o defensor público dos cidadãos que se sentem injustiçados perante e pela Justiça. O provedor de Justiça é, na palavra do actual Provedor, Nascimento Rodrigues, um defensor dos direitos fundamentais dos cidadãos (vide: http://www.provedor-jus.pt/apresentacao.htm).

O segundo e último mandato do actual Provedor acabou em Junho de 2008 no entanto, o Provedor ainda não foi substituído. E já passaram cerca de 8 meses do final do seu mandato! Como, porquê?? A Instituição Provedor de Justiça é de nomeação pela Assembleia da Republica. O que andam os senhores deputados a fazer para em 8 meses não conseguirem encontrar uma nova pessoa para o cargo? Será que é assim tão difícil encontrar um nome mais ou menos consensual no nosso país?

Por favor, senhores responsáveis, cumpram as vossas obrigações, assumam as vossas responsabilidades e façam as Instituições funcionar! O país não pode parar.

Nuno Gaudêncio

sábado, 28 de fevereiro de 2009

Todos...por um Portugal mais justo.

Pretendemos que este seja um espaço, não só nosso nem vosso, mas sim de todos aqueles que queiram um Portugal mais justo, mais solidário, mais nosso, e não um Portugal onde cada vez mais se cometem “pequenas” injustiças, prejudicando aqueles que não tem conhecimento ou capacidade de se defenderem por eles próprios.

Assim queremos que este seja um espaço onde todos possam divulgar ou mesmo denunciar aqueles “pequenos” actos cometidos por quem detém o poder (estado, multinacionais, etc.).
Faremos de “1portugalmelhor” uma pequena comunidade onde poderemos dar conselhos ou mesmo apoiar quem tenha alguma necessidade mais particular, tudo de forma TOTALMENTE gratuita. Não como algumas associações/entidades (entenda-se a que o leitor mais achar apropriada) sem fins lucrativos, repito, sem fins lucrativos, cujo objectivo é ajudar o cidadão, mas quando chegada a hora da verdade…

Aqui o objectivo é, simplesmente, lutarmos por um Portugal melhor…podemos-lhe chamar um pequeno “Robin Hood” social…

Assim pedimos a todo e qualquer interessado em colaborar com “1portugalmelhor” (todas as áreas são importantes - advocacia, imprensa, educação, saúde, etc.), para se juntar a nós e passar a palavra ao maior numero de pessoas, pois quanto maior conhecimento disponível, maior e melhor ajuda poderá ser disponibilizada.

Todos…por um Portugal mais justo.

R.ginja09

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Todos devemos fazer algo para melhorar

Nos dias de hoje caminhamos a passos largos para a dependência do Estado em todos os aspectos da nossa vida de cidadãos portugueses.

O excesso de Estado na vida económica do país e na vida pessoal dos portugueses leva à existência de abusos frequentes. Abusos esses que, frequentemente, recaem sobre os mais frágeis e desprotegidos da nossa sociedade.

É neste contexto da necessidade de reinvenção de novos sistemas e regras de convívio entre Estado e cidadãos, em que as liberdades são respeitadas e as obrigações cumpridas de parte a parte, que surge este espaço online. Pretende-se aqui, num espaço de transparência e contributo positivo, substituir a frustração pela crítica construtiva.

O que pretendemos, no fundo, é ajudar a construir um Portugal melhor.

Nuno Gaudêncio
(em nome de Nuno Gaudêncio e Ruben Ginja, fundadores deste blog)