quinta-feira, 11 de julho de 2013

Governar



O défice tem sido tal obsessão que as pessoas esquecem que também existe o excedente orçamental. E por acaso até seria bastante saudável de atingir no sentido de atenuar as dependências externas. Há muito trabalho a fazer na reconversão do Estado, mais eficiência, menos despesa, mais receita via fomento da actividade económica...

Porque governar um país não deve ser apenas distribuir o poder mas sim tentar melhorar o bem-estar dos cidadãos, não deveria ser assim tão difícil chegar a acordos básicos para resolução de problemas comuns...

É patético e até incompreensível, à luz da realidade actual do país, as posições “irreconciliáveis” assumidas até aqui por alguns dos membros dos partidos com representação parlamentar.

O mandato conferido pelos portugueses não é sobre “como” ou “com quem” resolver os problemas do país. O mandato é mais simples: “trabalhem no sentido de resolver os problemas do país”.

E entretanto parece que andamos perdidos e entretidos a brincar aos cowboys... Facto é que temos um problema sério para enfrentar. Caros eleitos, tratem de se focar na sua resolução, se faz favor.

Quanto a nós, cidadãos “comuns”, cabe a cada um, diariamente, fazer a sua parte.


Nuno Gaudêncio

sábado, 6 de abril de 2013

Que Governo?

Se o Governo decidisse agora vitimizar.se, e quiçá demitir.se, após o chumbo pelo TC das normas do OE, seria uma grande desilusão!

Mostraria falta de inteligência - por não prever, nem preparar pelo menos de forma contingente, algo expectável - ou algo pior ao nível de andarem a brincar de forma leviana com a vida dos portugueses (tacticismos eleitoralistas). Sabia-se que o repetir o caminho estreito dos cortes nos subsídios poderia levar a um beco sem saída...

Portugal não precisa de mais vítimas ou queixinhas políticas... o país precisa de soluções, e é para isso que os Governos são eleitos.

Não gostaria de ter de votar em branco nas próximas eleições - por não acreditar que haja alguém capaz de se focar no essencial, a resolução dos problemas e o desenho de um rumo estratégico para o país.

Governar – especialmente em época de crise – não é seguir sempre a direito sem sobressaltos. É olhar em frente mas estar preparado para os obstáculos e procurar sempre contorná.los em prol dos interesses de um povo.

Bem e mal este Governo fez alguns progressos, melhorou algumas coisas apesar de ter visto piorar outras. Não cortou a despesa tanto e tão cedo como deveria ter feito. Aumentou em excesso os impostos. Mas garantiu também o financiamento e evitou a bancarrota (pelo menos no curto prazo) que nos garante a todos ainda preservarmos um nível de vida que seria impossível em caso de falência do país.

Agora sim, veremos se temos Governo…