terça-feira, 8 de dezembro de 2009

«Aqui ao leme sou mais do que eu:
Sou um Povo que quer o mar que é teu”




Estes versos de Pessoa são uma mensagem que gostaria de passar nos dias que correm aos titulares de cargos públicos em Portugal.

Quando se assiste a uma grande mistura e confusão entre esfera pública e privada, entre debate e altercação, e entre Poder e Mandato, será útil lembrar aos nossos supostos lideres e representantes que os interesses que lhes são confiados e cabe defender são, exclusivamente, os interesses dos portugueses.

O político ou magistrado de hoje – enfim, a pessoa pública – não pode esquecer que a sua voz é colectiva. Não se representa a si próprio, ao seu partido ou corporação, mas ao conjunto de um povo, o povo português. E isso implica direitos e deveres de respeito e dignidade a serem respeitados por todos.

A cada manhã, antes de enfrentar os desafios do dia, a pessoa pública deve imbuir-se deste espírito, desta inspiração. Esta força que só uma nação brava, antiga e leal sustenta com paixão.


Nuno Gaudêncio

domingo, 6 de dezembro de 2009

Tem de começar por nós – a responsabilidade é nossa

Olhando para o Portugal de hoje, penso que temos de ser mais exigentes: com os outros, mas sobretudo com nós próprios!
Temos de ambicionar mais, de dar mais e ser mais. É urgente mudar o paradigma da sociedade onde vivemos.

O que hoje vivemos é um estado de espera. Um estado de repouso de sofá onde pensamos ser dever dos outros cuidar de nós. Mas não é. E se não agirmos poucas coisas acontecerão nas nossas vidas. Poucas melhorias nos serão trazidas, pouco avançará este país. Convém estarmos conscientes deste facto, ou correremos o risco de assistir de fora às nossas vidas dirigidas por outras pessoas.

É tempo de exigirmos mais.
Exigir mais de todos nós nos nossos trabalhos, nas nossas aulas, nos nossos grupos. É tempo de acção: mais profissionalismo, mais dedicação, mais educação, mais excelência. Se formos mais exigentes connosco próprios teremos toda a legitimidade de exigir mais de quem nos governa.

Exigindo mais de nós e dos outros nivelamos a sociedade por cima, poderemos ser um povo mais produtivo, mais culto, mais eficiente.

E com isso seremos mais livres, teremos mais tempo, seremos mais felizes.
1 Portugal feliz.


Nuno Gaudêncio